É preciso acabar com este sentimento de impunidade, com a ligeireza destas “admoestações” e com a escala do problema e com o que esta significa para o erário público (mais de 1,5 milhões de euros anuais apenas em Lisboa e na Câmara Municipal!) e começar a agir, de forma sistemática e consequente contra estes indivíduos que infestam a nossa cidade de lixo gráfico e que provocam este desperdício de fundos públicos e provados.
É preciso que a CML comece a utilizar, de forma permanente e diária, os seus meios, designadamente os dos serviços de limpeza e da Polícia Municipal para começar a construir uma base de dados destes grafitos por forma a poder alargar cada contra-ordenação ou condenação por crime de dano a todos os “tags” assinados pelo mesmo indivíduo e que inclua um custo estimado de cada limpeza.
É preciso que a autarquia garanta uma “resposta em 24 horas” nas zonas consideradas prioritárias (monumentos e perto de escolas), o que desincentivará novos grafitos ilegais e remover todos os grafitos ilegais inventariados num prazo nunca superior a 10 dias úteis.
Com o objectivo de darmos um contributo para a intensificação do combate a esta forma de lixo gráfico (“tags” ou grafitos selvagens) a Associação que agrega os vários colectivos de vizinhos de Lisboa apresentou em Outubro de 2018 uma denúncia contra um dos taggers mais activos e mediáticos de Lisboa (https://ocorvo.pt/sou-um-
Este “tagger” foi escolhido – entre centenas de outros activos em Lisboa – em virtude de, em apenas uma ano e meio, ter “coberto a cidade de tags e autocolantes” e de ter “o objectivo de estar em tantos lugares que seja impossível não se lembrarem do meu nome”. Ao contrário do que proclama o tagger italiano a associação não acredita que “as pessoas não se importam realmente com o graffiti” e muito menos que em Portugal “os polícias são mais permissivos” nem que “em Lisboa tenho uma abordagem ao graffiti mais natural porque sinto menor proibição” (citações do artigo de O Corvo).
Assim sendo, a Associação (com núcleos em várias freguesias de Lisboa como Areeiro, Avenidas Novas, Arroios e Alcântara) e em cumprimento dos seus estatutos onde se determina que a associação “tem em vista a representação e defesa dos interesses dos moradores residentes nas áreas, freguesias, bairros do concelho de Lisboa nas áreas de planeamento, urbanismo, valorização do património edificado, mobilidade, equipamentos, bem-estar, educação, defesa do património, ambiente e qualidade de vida” assume assim como sua esta causa e comunica assim a sua intenção de agir contra este fenómeno, começando pelo designado indivíduo GECO e tendo já em plano outras iniciativas a propósito do combate contra fenómeno do lixo gráfico ou “tag” em Lisboa.“